“A Ganância não termina com a morte: Continua com os herdeiros” 4q3q2h
Costumo dizer que (eu) nós aprendemos e ensinamos sempre por onde andamos e com quem conversamos. Nesse sentido, é sobremaneira importante conhecermos as nossas capacidades e reconhecermos as nossas limitações. A frase do título acima me foi dita pelo colega J. B. em uma meteórica conversa, após muito tempo sem nos vermos.
Sabe que, mesmo naqueles papos em conversas diz-que-me-diz-que as quais alguns chamam de “jogar conversa fora”, podemos aprender e ensinar, afinal “no man is an island”, (homem nenhum é ilha) e, mesmo que alguém prefere a solidão e o recolhimento jamais poderá viver por si próprio, sem depender de outros.
Estávamos o J. B quando se reuniu a nós o L. B. praticamente em frente ao espaço que era a Estação Rodoviária e que foi, literalmente, para o espaço. Lembro-me, na década 70-80 quando da construção dos caminhões que traziam milhares de terra cargas para fazer a terraplenagem.
“Sai ou não sai o Fort” – alguém perguntou. “Ouvi dizer que depende de uma negociação que a empresa está fazendo na aquisição de um mercado concorrente”. Ao o que o terceiro ponderou: - “Os donos de uma rede concorrente local, estaria melando a negociação”. Na verdade, cada qual, em uma conversação, por curiosidade ou não, por especulação tenta dar o seu palpite. Enfim, cada qual se acha entendedor de qualquer assunto, mormente quando entra no futebol. Neste campo, por exemplo, quem está realmente ligado à Seleção Brasileira de Futebol? Após vários jogos sem assistir ao escrete nacional perdi parte do tempo em ver aproximados 45 minutos da partida vexaminosa contra a Argentina - fiasco que provocou a queda do seu terceiro treinador.
E, muitas vezes as conversações realmente acabam no “jogar conversa fora” e no diz-que-diz-que, mas que, no meu caso, mormente quando escrevo a respeito de um determinado assunto como este da vinda do empreendimento já anunciado, preciso ir à fonte para beber águas cristalinas e não ficar nas especulações das águas turvas. “Contra os fatos não há argumento”. “A mentira tem pernas curtas” e “A verdade vos libertará”.
Um dos meus dois interlocutores foi além dos limites da extinta Estação Rodoviária e estacionou no antigo DAER – lindo terreno, agora uma propriedade privada. Ele diz que “alguém com alto poder de fogo está pagando uma boa grana ao novo proprietário para que ele não alugue a outro seu concorrente”.
E foi exatamente no curso das conversas e especulações que o J enunciou a frase que achei oportuna para justificar a escrita deste texto. A ganância pode até não terminar com a morte e continuar com os herdeiros. Menos mal que não apenas essa obsessão egoísta perdura para sempre. E, sabidamente muito mais lembradas são e serão as pessoas que praticam e que praticaram as boas ações, do que as de grandes posses, até porque as primeiras não am.
E, para reiterar o que escrevi em um texto anterior: que venham novos empreendimentos a se somarem aos tantos existentes, sejam eles concorrentes ou não. Para nós consumidores é motivo de gáudio e de comemoração, pois havendo mais opções de escolha só temos a ganhar ao adquirir mercadorias mais em conta, mormente no momento delicado pelo qual a a nossa economia.
P.S.: Nesse dia 31 completou cinco anos de ausência a nossa colega, vizinha, caríssima amiga, companheira de viagem, Ilda Longo. Ela era dessas criaturas que a morte deveria ter-nos poupado. Oxalá, pudéssemos tê-la ainda em nosso convívio por muitos anos.
Por sua vez, nós da turma da quarta-feira de Yoga no SESC, somos gratos e agraciados de participar das aulas ministradas pela pequena (em altura), mas competente professora Bruna Dariva, que se dedica de corpo e alma ao que faz.
E, finalmente, se lhe aprouver, caro leitor envie o seu “”, sobre os meus textos como fazem com frequência o Renato, o Armindo, o Luís Ademir, o Zenírio, entre outros.