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Blog do Neivo Zago 1161a

Neivo Zago

Enquanto e como; por conta, e por causa... 70321d

Por Neivo Zago

Sabemos que a língua é dinâmica e vai se adaptando e nela vão se incorporando novas terminologias e expressões, mormente no que diz respeito a sua conotação. No entanto, ela é regida por regras, Caso contrário, teríamos como consequência algo parecido à construção da Torre de Babel: o caos, a desordem, a confusão.

O intuito deste texto está longe de desdenhar os falantes malversadores da linguagem padrão e tampouco tentar ensinar, até porque não fui convidado para tal e o meu exercício de sala de aula já, há tempo, teve o seu prazo de validade vencido. Porém, e por outro lado, é interessante observar quando se ouvem ou se leem certas expressões utilizadas inadequadamente ou inadvertidamente, quiçá, devido à insipiência dos falantes. Para tanto, basta ouvir entrevistas nas rádios, televisão e veículos afins, quando certas “autoridades” precisam se comunicar; mormente determinados prefeitos, (prefeito perfeito, só em erro de imprensa), políticos, comunicadores e jornalistas, profissionais, sem esquecer os docentes. Afinal, todos nós somos eternos aprendizes e corremos riscos constantes. No entanto, é de bom alvitre, evitá-los.

Para começo de assunto destaco “o abominável homem das neves”, muito utilizado, livre, leve e solto: “a nível de”, de longe, o campeão. “Nível” é uma palavra masculina e, neste caso, não aceita o artigo “a”. Esses insipientes, (para não chamá-los de iletrados), que a toda e reiterada hora fazem uso dessa expressão equivocadamente, deveriam dizer: “em nível”, “em âmbito”, ou até omiti-la. Já ouvi um prefeito falando: “Desenvolvimento a nível municipal, a nível estadual e a nível federal”. Por que não simplificar? “Desenvolvimento municipal, estadual e federal”.

E o que dizer sobre a duplinha “veio de encontro à”, ou a sua oponente: “veio ao encontro de”, deixando estarrecido quem ouve, até porque o seu uso equivocado põe o ouvinte em dúvida: Se o falante, (emissor, usuário), quer, (ou quis) dizer favorável ou desfavorável ao seu argumento. Em suma: “veio AO encontro DE...” = em direção, favorável. E, “veio DE encontro À...”, contrário, desfavorável.

E não diferente acontece em relação à utilização dos “por conta de”, e “por causa de”, os quais, resumidamente significam: “Por causa de”, indica uma “razão”, “causalidade”, “um motivo”. Enquanto, “por conta de”, pode ter significados incluindo “a cargo de”, “a custa de”, ou ainda “devido a..”. Ex.: Não fui ao cinema “por causa” da chuva. E não “por conta da chuva”. O trabalho ficou “por conta” do João que vive “por conta”, (ainda depende dos pais), para citar apenas dois exemplos. Porém, o que se ouve é “por conta das enchentes”, “da seca”, disso e daquilo. Ou seja, é o joio “por conta de”, falado pelos usuários insipientes está constantemente invadindo a seara do trigo gramatical e praticamente acabando com a relação: causa x efeito, (consequência).

Embora nós saibamos que as palavras faladas se esvaem uma vez pronunciadas, ou permanecem por um curto espaço de tempo, contrariamente, acontece com as escritas: elas perduram. Nesse sentido, não soa bem, até porque não é correto quando falantes ou leitores pronunciam a conjunção adversativa “mas” com o som de “mans” (mãns).

Em assim pensando, vem-me em mente às aulas do professor Dorvalino Franzon, (quem não ou por ele?), um verdadeiro guardião e conhecedor da Língua Materna; um crítico contumaz dos malversadores da “Flor do Lácio”. Ele que não poupava elogios, quando fosse preciso, bem como críticas, quando se fazia necessário. Enfim, é de pouca valia se nos bancos escolares não é utilizada a língua padrão e não se respeita a sua gramática, e não se aprende a ouvir, ler, e a escrever e a falar conforme. Desnecessário salientar que o aperfeiçoamento, tanto da fala, da leitura, quanto da escrita tem como pressupostos a prática cotidiana, bem representada pela expressão, em inglês: (learning by doing). Aprender fazendo.

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